quarta-feira, 25 de abril de 2012

Faça guerra, não faça amor!


Em pleno século 21, numa capital com quase 1.000.000 de habitantes, caminho pelas ruas à procura de um buquê de flores para presentear o meu amor, que faz aniversário.

Ando pra cá, pra lá, o sol escaldante; nada!

Não existe nas ruas uma só flor para agradecer à pessoa amada pelo amor dedicado a mim por anos.

Nada!, é como se todos os jardins do mundo tivessem secados.

As flores não têm mais sentido num mundo de gente transformada em pedra.

Os românticos se foram, são motivos de execração pública, e quem oferece flores à pessoa amada, se for homem, pode até ser vítima de gente que não concorda com isso, porque macho que é macho mesmo não dá flores às mulheres, dá porrada.

E continuo procurando, nada!

Percebo que nas ruas de uma grande cidade é mais fácil comprar uma arma do que uma rosa.

Em todos os bairros, periféricos ou não, existem grandes jardins de fuzis, metralhadoras, revólveres, granadas, facas; todos os tipos de armas usadas, inclusive para assassinar mulheres.

E vou pensando nisto, quando deparo na vitrine de uma loja um grande buquê de flores artificiais.

Friamente lindas.

Fazer o quê?

Entro, compro, peço pra que se faça um arranjo com papéis coloridos para disfarçar a visão da natureza morta e volto feliz para casa pensando na perplexa felicidade do meu amor.

No cartão felicitando-a pelo aniversário?

Meu amor, nesta data tão importante para você, só posso dizer uma coisa:

A PARTIR DE 2012 FAÇA GUERRA, NÃO FAÇA AMOR!

Que o amor já vira crime!

TõeRoberto

2 comentários:

Marcos Lara disse...

Realmente o Romantismo perdeu espaço ao longo do tempo, parabéns pelo post amigo, abrç

luciana disse...

Boa tarde...

Infelizmente seu texto tem total fundamento... está muito mais fácil encontrarmos armas e drogas do que flores ou algo agradável para dedicar a quem amamos...

Bela postagem!!

Bjs
Lu